O Recurso

 

Os primeiros registos de utilização de mármore remontam a 2500 anos A.C., na construção da Pirâmide Queops, monumentos e túmulos faraónicos pelos egípcios. Posteriormente, os gregos utilizaram o mármore na construção de monumentos de grande magnitude, como o Parthenon, O Templo de Zeus e o Templo de Artemis, que integra 127 colunas. Também os romanos recorreram ao mármore para a construção de monumentos. Foi já na Idade Média que a sua utilização passou a ser recorrente em casas, igrejas, pisos e cozinhas, uma prática que ainda se mantém. Foi durante o século XX que ocorreram grandes evoluções na extração e transformação de mármore, com tecnologias de corte, polimento e aplicação.

O mármore é uma rocha metamórfica proveniente do calcário e forma-se a partir do metamorfismo de calcários e dolomitos. Tratando-se de uma rocha metamórfica, é formada de transformação físico-química sofrida pelo calcário a altas temperaturas e pressão. Desta forma, é natural que as maiores jazidas se situem em regiões de atividade vulcânica e que possuem a rocha matriz calcária.

Com uma forma elíptica, de 45 quilómetros de extensão por 8 quilómetros na sua largura máxima, o anticlinal de Estremoz prolonga-se desde a freguesia do Cano, concelho de Sousel, até ao Alandroal, concentrando-se a maioria das unidades de extração e transformação no triângulo Estremoz/Borba/Vila Viçosa. Trata-se da única estrutura geológica em exploração ininterrupta no panorama geomineiro português, com exploração, pelo menos, desde o Período Romano, que reconheciam a elevada qualidade dos mármores da região, atualmente considerados dos melhores do Mundo.

Além da beleza estética, o mármore evidencia grande durabilidade e facilidade de limpeza e higiene. O seu valor é determinado por um conjunto de aspetos: qualidade estética, qualidade físico-mecânica, dimensões do material extraído, procura e disponibilidade.

 

Fontes:

Luís Lopes – “O triângulo do mármore: estudo geológico”

www.sobre.com.pt– “O mármore e o granito na história”